Rotas

Museus, Monumentos, Pontos de Interesse e algumas curiosidades!

1Sé Patriarcal de Lisboa Catedral de Santa Maria Maior

Fotografia da Sé de Lisboa

A Catedral de Lisboa foi dedicada a Santa Maria Maior e desde a sua edificação que foi a sede do poder da Igreja Católica em Lisboa. O Cardeal Patricarca de Lisboa é o chefe da Igreja Católica em Portugal.

A sua construção iniciou-se em 1150, apenas 3 anos após a conquista da cidade, no lugar da Grande Mesquita de Lisboa.

A Catedral hoje em dia reflete a história da cidade: construída para ser também um ponto de defesa, sofreu terramotos e desastres, mudou de estilos de acordo com o gosto da época: do ainda predominante românico, ao gótico, passando pelo Neoclássico da sua capela-mor.

No interior à esquerda da porta, temos uma pia batismal, num pequeno recanto da parede, decorado com azulejos fazendo referência aos milagres de Santo António. No final do século XII, aqui foi batizado, um pequeno bebé com o nome de Fernando Martins e que o mundo conhece como Santo António de Lisboa e de Pádua.

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2Igreja de St. António

Fotografia da Igreja de St. António

A Igreja de Santo António é uma das mais belas de Lisboa. Situada em frente à Sé, no lugar onde a tradição indica que foi a casa onde Santo António nasceu.

O templo original é totalmente destruído pelo terramoto de 1755 e dois anos depois, em 1757, iniciam-se as obras de construção da Igreja atual. Feita ao gosto do século XVIII, marcadamente barroca e neoclássica. O seu arquiteto, Mateus Vicente, irá igualmente ser o autor da grande basílica da Estrela em Lisboa.

Parte das obras serão pagas pelos pedidos das crianças de Lisboa, que de porta em porta pediam um tostãozinho para Santo António. Mais do que uma igreja, este templo é um santuário de devoção a Santo António.

Diz a tradição que os jovens por altura do seu casamento, visitem a Igreja e deixem flores a Santo António.

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3Museu de Santo António

Fotografia do Museu de Santo António

Localizado junto à Igreja de Santo António e nas imediações dos lugares onde Santo António nasceu e conviveu no início da sua vida, este museu, um dos núcleos do Museu de Lisboa, vem dar a conhecer a imensa figura de Santo António e a sua relação com Lisboa.

Aqui ficamos a conhecer Santo António de Lisboa e a forma de como Lisboa e os Alfacinhas ao longo dos séculos têm convivido com o seu Santo de eleição: as tradições e a imagem.

Um museu a não perder para melhor conhecer as tradições e parte da alma de Lisboa.

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4Museu do Aljube

Fotografia do Museu do Aljube

O Museu do Aljube dá a conhecer o que foi a resistência à ditadura do Estado Novo.

Aljube é uma palavra de origem árabe que pode significar prisão e em Portugal várias foram as cadeias chamadas de Aljube. O edifício é de triste memória para os Lisboetas: Até ao século XIX foi a prisão da Igreja, altura em que é transformado numa prisão de mulheres. A partir de 1928 torna-se uma prisão para presos “políticos e sociais”. A memória não deve ser esquecida para que as lições sejam aprendidas.

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5Museu do Teatro Romano

Fotografia do Museu do Teatro Romano

Museu localizado no sítio do Teatro Romano de Lisboa, é composto por 2 áreas destintas: as ruinas e o edifício do museu. É um dos núcleos do Museu de Lisboa e a sua visita permite dar a conhecer um dos edifícios mais emblemáticos que Lisboa alguma vez teve.

A construção iniciou-se no reinado de Augusto, tendo sido inaugurado com Nero e durante perto de 400 anos foi um centro de cultura e civilização na cidade mais ocidental do Império Romano. Com a queda do Império Romano o teatro é abandonado e pouco a pouco cai no esquecimento. O terramoto de 1755 volta a descobri-lo e hoje é possível visitá-lo!

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6Igreja de S. Tiago e S. Martinho

Fotografia da Igreja de S. Tiago e S. Martinho

A Igreja de São Tiago é uma das mais antigas de Lisboa, havendo referências a ela desde 1160. Com o terramoto de 1755 é bastante danificada, ficando em ruinas. Em 1773, após amplas obras de restauro e reedificação reabre ao culto. A sua fachada actual advém desta época, com a presença de uma torre sineira à direita

É na Igreja de São Tiago que, em Lisboa, tem início o caminho de Santiago!

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7Igreja de Sª. Luzia e S. Brás

Fotografia da Igreja de Sª. Luzia e S. Brás

A Igreja de Santa Luzia e São Brás é a sede da Ordem de Malta em Portugal e desde o início, está intimamente ligada à conquista da cidade. Construída pelos cavaleiros da “Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta” (a Ordem de Malta), na altura ainda junto à antiga cerca velha, teria funções de defesa para além da religiosa.

Da Igreja original do século XII, nada está visivel. Hoje em dia em Lisboa, é uma das poucas igrejas construidas de acordo com a cruz grega, numa clara referência à origem oriental da Ordem. No seu interior de realçar as antigas lápides de sepultura. No exterior, junto ao jardim, do lado direito da Igreja, 2 painéis de azulejos com os temas da conquista de Lisboa e do antigo terreiro do passo.

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8Largo das Portas do Sol

Fotografia do Largo das Portas do Sol

O Largo das Portas do Sol tem um dos miradoros mais bonitos da cidade de Lisboa.  Construido num terraço entre o Tejo e o Castelo, outrora aqui estavam uma das portas da cidade que tinham este nome por estarem voltadas para Leste para onde o Sol nasce.

Do largo das portas do Sol podemos admirar o Tejo e a antiga “Alfama de baixo”, com as ruas a serpentear por entre o casario e as suas Igrejas.

Junto ao Miradouro, ao olharmos para a direita vemos parte da antiga cerca velha, a primitiva muralha que cercava Lisboa. Tradicionalmente é conhecida por cerca moura, pois já cá estava aquando da tomada da cidade em 1147. Ao continuarmos com o nosso olhar para a direita vemos uma das antigas torres da cerca, inserida num palácio que alberga o Museu Escola de Artes Decorativas

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9Museu Escola de Artes Decorativas

Fotografia do Campo de Santa Clara

Instalado no Palácio Azurara, construído no século XVI, o Museu Escola é o desejo realizado do banqueiro Ricardo do Espirito Santo Silva. Ao visitarmos o museu estamos a descobrir as artes decorativas portuguesas desde o século XV ao XVIII: “Mobiliário, Têxteis, Prataria, Porcelana Chinesa, Faiança Portuguesa e Azulejos, Pintura, Desenho, Escultura, Encadernação, etc.”

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10Igreja do Menino Deus

Fotografia da Igreja do Menino Deus

A Igreja e Convento do Menino Deus, é construída durante o reinado de João V, sendo inaugurada em 1736. Sobrevive ao Terramoto e o seu nome está ligado à estátua milagrosa do Menino Deus que o seu interior alberga. A construção desta Igreja e convento está associada à invocação de proteção para o herdeiro ao trono de Portugal, o futuro D. José I, que na altura estava a meses de nascer.

Igreja barroca de uma única nave octogonal (com 8 lados), uma joia do barroco em Lisboa.

O barroco foi um movimento artístico que tem a sua origem em Roma. Na arquitetura destaca-se pela manutenção das estruturas clássicas do renascimento (tal é o caso das colunas), mas com a introdução de uma decoração mais exuberante. Em Portugal este estilo está visualmente presente na talha dourada, na pintura e claro está no azulejo, abundantemente usado na decoração interior e exterior.

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11Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen Miradouro da Graça

Fotografia do Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen Miradouro da Graça

Este é um dos mais bonitos miradouros de Lisboa. Aqui podemos admirar o Castelo de São Jorge à esquerda e a encosta da Mouraria e à praça do Martim Moniz.

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12Igreja da Graça / Convento dos Agostinhos de Torres Vedras

Fotografia da Igreja da Graça

A Igreja da Graça é um dos templos com fundações mais antigas em Lisboa.

A data de fundação do convento remonta a 1271 e inicialmente pertencia à ordem dos Agostinhos (Santo Agostinho). Vitima de sucessivos terramotos, a sua traça barroca actual é o resultado das obras de reconstrução após o terramoto de 1755.

De realçar a sua torre sineira erigida à esquerda da fachada.

A título de curiosidade, numa Capela à esquerda da entrada, repousa Afonso de Albuquerque, 2º Vice-Rei da India, conquistador de Malaca e um dos grandes Heróis da História de Portugal.

Procissão Grande do Senhor dos Passos da Graça

A adoração ao Senhor dos Paços da Graça (os passos da Via Sacra de Cristo) remonta ao século XVI, concretamente ao ano de 1586 quando é fundada a Confraria da Santa e Vera Cruz numa capela da Igreja da Graça. A 16 de Março é feita uma grande procissão ligando as Igrejas da Graça e de São Roque na colina em frente, recriando a Via Sacra em Jerusalém.

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13Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora

Fotografia da Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora

Sendo um dos mais importantes ícones da cidade de Lisboa, a sua existência está ligada ao pagamento de uma promessa feita por Dom Afonso Henriques aquando da conquista da cidade de Lisboa em 1147.

A Igreja atual, do século XVI, foi construída no lugar da primitiva Igreja erigida no século XII. A sua construção marca uma revolução na arquitetura portuguesa com a introdução do Maneirismo em Portugal.

Para além da ligação ao Mártir São Vicente, O Mosteiro é igualmente o panteão dos patriarcas de Lisboa e dos Reis de Portugal da 4ª dinastia.

Maneirismo de uma forma simplificada indica-nos que “é feito à maneira de”, ou seja, é uma expressão artística com uma estética intimamente relacionada com o estilo próprio do seu autor. Será esta “liberdade” artística que vai permitir a passagem de estilo baseado nos clássicos do Renascimento no século XVI para o Barroco do século XVII e XVIII.

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14Igreja de Santa Engrácia / Panteão Nacional

Fotografia da Igreja de Santa Engrácia / Panteão Nacional

A Igreja de Santa Engrácia é o Panteão Nacional onde repousam os presidentes da república e algumas das figuras mais marcantes do século XX em Portugal, como a Fadista Amália Rodrigues ou Eusébio, para sempre conhecido como o Pantera Negra do futebol.

A Igreja, talvez seja o monumento que mais tempo demorou a ser contruído em Portugal: a sua construção demorou cerca de 284 anos! Entre 1682 e 1966.

As obras foram bastante acidentadas, tendo estado paradas por muitos anos…tantos anos que acabou por ser utilizada como quartel, depósito de materiais de guerra e fábrica de calçado do exército, após a extinção das ordens religiosas em 1834.

7 de Dezembro de 1966 é a data em que finalmente as obras são terminadas. Só no século XX é feita a cúpula e a execução das esculturas da fachada.

O seu interior tem um piso magnifico, em mármore, realizado em estilo maneirista e barroco, onde há um marcante jogo de luzes entre os tons claros e escuros, tão ao gosto português do século XVIII.

“Parecem as obras de Santa Engrácia!” Esta é uma das expressões populares portuguesas que tem a sua origem no tempo decorrido durante a construção da Igreja de Santa Engrácia e que é usada quando uma obra está a demorar um tempo demasiado longo.

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15Campo de Santa Clara

Fotografia do Campo de Santa Clara

O Campo de Santa Clara deve o seu nome ao antigo convento de Santa Clara, aqui edificado em 1294. Infelizmente é totalmente destruído com o terramoto de 1755.

Hoje em dia é uma das zonas mais bonitas da cidade, um campo aberto com vistas majestosas para o Rio Tejo e edifícios monumentais como o Panteão Nacional ou a Igreja de São Vicente de Fora. Este é um dos melhores lugares para vir passar um final de tarde em Lisboa.

A maioria dos alfacinhas conhece Santa Clara como o lugar da feira da ladra.

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16Feira da Ladra

Fotografia da Feira da Ladra

A feira da Ladra é uma das mais típicas feiras de Lisboa, tendo as suas raízes no século XIII, na feira que se realizava junto ao Castelo, na atual Rua do Chão da Feira. Hoje em dia está no Capo de Santa Clara, desde o arco de São Vicente até ao Hospital da Marinha, toda a encosta fica repleta de pessoas a vender e a comprar objetos em 2ª mão, desde mobílias a quadros ou loiças, há de tudo um pouco.

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17Largo do Chafariz de Dentro

Fotografia da Largo do Chafariz de Dentro

O Largo do Chafariz de Dentro é um dos corações de Alfama, para muitos considerada o seu Rossio, antigamente neste Largo estava situada a porta do chafariz. Durante o cerco castelhano de 1373, a parte da cidade é bastante castigada por ainda não estar protegida. A cidade tinha crescido e a muralha do castelo não chegava a esta zona da cidade.  Dom Fernando I vai mandar construir uma nova muralha, enorme, para poder proteger toda a cidade. Nesta zona é feita uma das portas desta nova muralha.

Neste Largo para além de podermos desfrutar das esplanadas, temos ainda alguns restaurantes onde podemos ouvir fado. À direita do chafariz, podemos admirar alguns prédios com traça medieval, vem como o seu Chafariz!

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18Rua de São Miguel e de São Pedro

Fotografia da Rua de São Miguel e de São Pedro

Nestas duas ruas é possível viver o espírito do bairro de Alfama com o seu comércio e gentes tradicionais. Ambas as ruas adotaram nomes decorrentes das suas Igrejas. Ambas seriam do século XII, mas a de São Pedro é totalmente destruída com o terramoto. Hoje em dia perdura a de São Miguel, na rua com o mesmo nome.

O Fado nasceu nestas ruas e noutras semelhantes. Algumas das casas têm lápides com navios: hoje quase desconhecidas, não há certeza do todo seu significado, mas julga-se que estaria ligado ao senado da Câmara de Lisboa.

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19Portal Manuelino da Capela da Nossa Senhora dos Remédios

Na interceção da Rua dos Remédios com o Beco do Espírito Santo fica a Capela da Nossa Senhora dos Remédios. Ao passarmos na rua, podemos admirar o seu portal manuelino, tudo o que resta da primitiva ermida do espirito santo. Ao centro ainda é possível admirar um escudo com uma pomba, símbolo do Espirito Santo

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20Museu do Fado

Fotografia do Museu do Fado

O fado é a canção de Lisboa, nascida por estre as ruas de Alfama e Mouraria, é um espelho da alma do Lisboeta e Alfacinha. De Lisboa partiu para o resto do mundo português. Hoje, para além de alfacinha, o Fado é desde 2011, património imaterial da humanidade.

O Museu do Fado abriu as suas portas ao público a 25 de Setembro de 1998 e desde então tem sido um instrumento de divulgação desta canção popular e de todo o movimento cultural a ela associado.

Este é um museu a não perder!

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21Igreja de São Miguel

Fotografia da Igreja de São Miguel

O templo original do século XII não chegou aos nossos dias pois a Igreja de São Miguel é amplamente restaurada em estilo maneirista com 2 torres sineiras laterais entre os séculos XVII e XVIII. Sobrevive ao terramoto tendo ficado pouco danificada. No interior é possível admirar ricas decorações em talha dourada, barrocas, da altura de Dom João V.

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22Torre de Alfama / São Pedro

Fotografia da Torre de Alfama / São Pedro

A Torre de São Pedro pertence à cerca velha da cidade. Era uma torre avançada construída quando a cidade ainda estava nas mãos dos “mouros”. Dada a abundância de fontes em Alfama, provavelmente a função da Torre seria a de proteção das fontes essenciais em caso de cerco à cidade.

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23Postigo de São Pedro

Fotografia do Postigo de São Pedro

O postigo de São Pedro é uma das antigas portas da muralha de Lisboa, por ser mais pequena é chamada de postigo. Ainda hoje é possível ver parte da muralha que ligava a Torre de São Pedro junto a este postigo.

Tal como a rua indica, o postigo de São Pedro era usado como acesso à pequena judiaria que existia neste lugar e que é abolida em 1496.

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24Igreja de São João da Praça

Fotografia da Igreja de São João da Praça

A Igreja de São João da Praça foi reconstruída no início do reinado de Dona Maria I. O seu interior é marcado pelas pelo gosto do final do século XVIII, barroco com talha dourada. A não perder a imagem da Virgem no lado da epístola (direita). Do templo original que dataria do século XII / XIII nada sobrevive ao terramoto.

Dentro de uma Igreja ao lado esquerdo chama-se o lado do evangelho e ao lado direito chama-se o lado da epistola. A explicação para estes nomes é simples e tem a haver com o facto de durante a missa o evangelho ser lido do lado esquerdo e as epístolas do lado direito!

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25Miradouro do Chão do Loureiro

Fotografia do Miradouro do Chão do Loureiro

A Igreja de São João da Praça foi reconstruída no início do reinado de Dona Maria I. O seu interior é marcado pelas pelo gosto do final do século XVIII, barroco com talha dourada. A não perder a imagem da Virgem no lado da epístola (direita). Do templo original que dataria do século XII / XIII nada sobrevive ao terramoto.

Dentro de uma Igreja ao lado esquerdo chama-se o lado do evangelho e ao lado direito chama-se o lado da epistola. A explicação para estes nomes é simples e tem a haver com o facto de durante a missa o evangelho ser lido do lado esquerdo e as epístolas do lado direito!

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26Escadinhas de São Crispim / Porta da Alcofa

Fotografia das Escadinhas de São Crispim

As escadinhas de São Crispim devem o seu nome à ermida que se situa junto ao seu início na Rua de São Mamede.

Na idade média este era um dos acessos ao Castelo, tendo no seu final a Porta da Alcofa que dava acesso ao Castelo.

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27Bairro do Castelo

Fotografia do Bairro do Castelo

O Bairro do Castelo pode ser entendido como o mais antigo bairro de Lisboa. Com uma identidade própria que o torna distinto de Alfama ou da Mouraria. Todos os habitantes de Lisboa têm em comum serem “Alfacinhas”! mas a distingui-los há a bairro onde vivem e é comum haver uma rivalidade salutar entre os vários bairros populares.

Em 1248, altura em que a família real passa a ter a sua morada principal em Lisboa e o reinado de Dom Manuel I, o bairro do Castelo foi o bairro mais importante da cidade. A família real vivia no Castelo e o seu bairro era morada de nobres e ricos mercadores.  

Hoje em dia no bairro do Castelo é possível apreciar bons restaurantes e lojas de artesanato onde é possível encontrar produtos tipicamente portugueses. Aproveite para fazer uma visita ao Grupo Desportivo do Castelo na rua do recolhimento: aqui reúnem-se os moradores do bairro e aqui é o melhor lugar para uma conversa para conhecer as “histórias” do bairro. 

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28Igreja de Sta. Cruz do Castelo

Fotografia da Igreja de Sta. Cruz do Castelo

A Igreja de Santa Cruz do Castelo foi uma das primeiras a ser edificada após a conquista da cidade por Dom Afonso Henriques (se não mesmo a primeira). Com quase toda a certeza terá sido edificada sobre uma antiga mesquita e a sua construção, dentro do castelo, mostrava a todos quem eram os novos senhores de Lisboa.

A igreja original é destruída com o terramoto de 1755 e a que hoje existe em seu lugar é reconstruída com uma fachada neoclássica, ao gosto do final do século XVIII. Não é das igrejas mais “ricas” de Lisboa e tal deve-se ao facto de por altura da reconstrução, o bairro do castelo já não ter a importância que tinha tido uns séculos antes.

Uma das características interessantes desta Igreja, é o facto de a sua torre sineira ter sido construída sobre uma torra da muralha da alcáçova do castelo. O melhor lugar para se ver a torre é do miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen (Graça).

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29Miradouro do Recolhimento

Fotografia do Miradouro do Recolhimento

O miradouro do recolhimento é uma das mais novas atracões do bairro do castelo. Inaugurado em 2015, permite admirar a colina da Graça com o São Vicente de Fora em grande plano. Igualmente podemos admirar Alfama e o Largo das Portas do Sol, bem como o Tejo.

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30Castelo de São Jorge

Fotografia do Castelo de São Jorge

A ocupação da colina de São Jorge é bastante antiga e as escavações arqueológicas no Castelo mostraram vestígios que remontam aos séculos VIII e VII antes de Cristo com os Fenícios. Cerca de 1700 anos depois, nesta colina os mouros já tinham edificado um Castelo, aproveitando as antigas muralhas romanas da cidade e desde esta altura que o castelo passa a funcionar como moradia dos governadores e reis.

E assim foi até ao início do século XVI, o rei Dom Manuel I decide mudar a sua morada para um novo palácio junto ao Tejo. Desde esta altura o Castelo deixa de ser o centro de poder e reassume um papel de defesa da cidade. Os séculos passam e o grande terramoto de 1755 deixa o Castelo em ruinas.

No início do século XX o castelo está à guarda do exército de Portugal e foi transformado num grande quartel.

Entre 1938 e 1940 o Castelo vais receber obras de restauro e conservação. Os quartéis desaparecem e as antigas torres e muralhas são reconstruídas com o objetivo de fazer renascer o antigo castelo medieval. Este objetivo é alcançado e hoje em dia é impossível pensar em Lisboa e não lembrar o seu imponente castelo, sempre vigilante e em guarda não deixando que nada de mal aconteça a Lisboa.

Reza a lenda que enquanto viverem corvos no Castelo, Lisboa não poderá ser derrotada!

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31Igreja de São Cristóvão

Fotografia da Igreja de São Cristóvão

A Igreja de São Cristóvão foi uma das poucas a sobrevier ao terramoto de 1755. A igreja original é destruída por um incêndio no início do século XVI e hoje o que vemos é a reconstrução efetuada por altura do reinado de Dom Manuel I e por outra grande reconstrução realizada no século XVII.

A Igreja de São Cristóvão é uma pequena pérola em Lisboa que nos remete para a Lisboa anterior ao Terramoto de 1755. No seu interior para além dos trabalhos em talha dourada e dos azulejos do século XVII podemos admirar um conjunto de 36 telas do Mestre maneirista Bento Coelho da Silveira.

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32Escadinhas de São Cristóvão

Fotografia das Escadinhas de São Cristóvão

As escadinhas de São Cristóvão, tal como as escadinhas de são Crispim, entre outras, são a resposta que os Lisboetas encontraram para ultrapassar a acentuada inclinação da colina do Castelo.

São típicas com pequenos recantos e onde é possível imaginar fadistas e músicos a cantar e tocar ao longo das escadas. Ao subirmos as escadas temos um mural com São Cristóvão e se olharmos para cima podemos ver a fachada da Igreja de São Cristóvão. 

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33Rua das Farinhas e Largo dos Trigueiros

Fotografia da Rua das Farinhas e Largo dos Trigueiros

Estas são 2 ruas típicas da Mouraria, ricas em restaurantes e lojas típicas. Na rua das Farinhas é possível ver nas paredes de alguns prédios lápides e painéis de azulejo, fazendo alusão a São Mamede e São Marçal e aos corvos de São Vivente.

O largo dos Trigueiros é um dos mais bonitos da Mouraria, com cafés onde é possível tomar um brunch pela manhã. Ao entrarmos no beco das farinhas podemos ver nas paredes o trabalho da artista Camilla Watson, com as fotografias das gentes que vivem na Mouraria.

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34Igreja do Coleginho (N. Sra. do Socorro)

Fotografia da Igreja do Coleginho

As origens deste templo remontam a um período marcante da História de Portugal. Em 1496 e como forma de conseguir casar com a filha dos reis católicos de Espanha, Dom Manuel I assina o édito de expulsão dos “hereges” (mouros e judeus). As várias mesquitas de Lisboa são fechadas e algumas tornam-se Igrejas. Tal é o caso da Igreja do Coleginho.

Em 1538, a Igreja e casas anexas são entregues à nova ordem eclesiástica: Os Jesuítas: desta forma esta foi a 1ª casa dos Jesuítas em todo o mundo.

A sua Sacristia tem um fabuloso painel de azulejos com o triunfo de Santo Agostinho.

Em 1938, a Igreja do Coleginho torna-se a sede paroquia da Nossa Senhora do Socorro.

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35Casa Fernando Maurício Casa Fernando Maurício

Casa Fernando Maurício

A Casa Fernando Maurício é um polo do Museu do Fado (no largo do Chafariz de dentro) e nele podemos conhecer e ouvir o seu maior legado para a música portuguesa: os seus fados!

Conhecido como o rei do Fado e da Mouraria, Fernando Maurício tinha uma voz única e as músicas por si cantadas refletem o espírito do fado e da mouraria.

Visitar a Mouraria e não viver o Fado é perder uma das facetas principais deste bairro de Lisboa.

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36Praça do Martim Moniz

Fotografia da Igreja do Coleginho

A praça do Martim Moniz é relativamente nova em Lisboa e seguramente é o lugar mais internacional de Lisboa, com mais de 50 etnias e nacionalidades a viverem ou a trabalhar aqui.

Na altura da tomada da cidade aos mouros, nesta zona havia um braço do rio tejo. Com o passar dos séculos a cidade foi crescendo e o rio afastado.

Olhemos para a mouraria e se imaginarmos as ruas e casas na atual praça do Martim Moniz, temos uma ideia do especto desta parte de Lisboa até o final dos anos 40. Do que existia apenas ficou a rua da Mouraria e a capela da nossa senhora da saúde: tudo o resto desapareceu para dar origem à praça que temos hoje em dia.

Talvez não seja por acaso que esta praça tenha o nome de Martim Moniz. Porque a História também é feita de heróis e reza a lenda que este foi o primeiro herói da Lisboa Cristã!

Martim Moniz morre durante a tomada da cidade ao ficar entalado na porta da muralha, não permitindo que esta fosse fechada e dando uma hipótese aos portugueses de terminar com o cerco e entrar na cidade.

Na Praça do Martim Moniz podemos ver torre da Pela e uma inscrição que comemora a construção da muralha

Muralha Fernandina

A muralha fernandina deve o seu nome a Dom Fernando I, o rei que a mandou construir. A sua necessidade está ligada à defesa de Lisboa, que crescera e ultrapassara as antigas muralhas mouras.

Com o final da 2º guerra com Castela, Dom Fernando apercebe-se que Lisboa está vulnerável e dá ordens para que se inicie a construção de uma muralha forte que proteja a cidade.

Construída entre 1373 e 1375, a sua construção foi um dos fenómenos mais importantes no desenvolvimento de Lisboa. Todos os moradores de Lisboa e arredores participaram na sua construção, e em apenas 2 anos, uma enorme muralha cercava Lisboa com 46 portas e postigos, como o de São Pedro em Alfama e 77 torres. Uma obra de engenharia militar que será fundamental na defesa de Lisboa logo em 1384. Durante 4 meses e 27 dias, Castela tenta conquistar Lisboa, sendo derrotada por esta muralha……e a peste que convenhamos também não ajudou em nada!

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